Brasil | Buses
martes 06 de febrero de 2024
Prefeitura. São Paulo seleciona proposta do Banco do Brasil de R$ 250 milhões para financiar ônibus elétricos
Também se apresentaram Itaú e Santander. Atualmente, há 84 ônibus com bateria no sistema, bem longe da meta de 2,6 mil para o fim deste ano e, por falta de infraestrutura, anúncio de 600 unidades até o fim de 2023 não se cumpriu.
Valor é suficiente para 80 ônibus.
Compartí la nota

A prefeitura de São Paulo divulgou em Diário Oficial nesta sexta-feira, 02 de fevereiro de 2024, o resultado do chamamento público para bancos oferecerem um financiamento para o poder público de R$ 250 milhões para frota de ônibus elétricos na cidade.

Foi considerada mais vantajosa pela Secretaria da Fazenda, a proposta do Banco do Brasil, com juros de 12,5% ao ano. O Banco do Brasil já participa de outro financiamento de R$ 250 milhões para ônibus elétricos em São Paulo.

Também apresentaram propostas neste chamamento o Itaú, que ficou em segundo lugar com oferta de juros de 12,6%, e o Banco Santander, que foi desclassificado por não atender um dos itens do edital.

Após a seleção, é necessária a anuência de órgãos de abrangência federal, como a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e Procuradoria da Fazenda Nacional (PGFN), além da garantida dada pela União. Todo este processo deve ser resolvido no decorrer do primeiro semestre.

Levando em conta que cada ônibus elétrico custa, em média, R$ 3 milhões, o valor de R$ 250 milhões é suficiente para 83 veículos deste tipo.

Enquanto isso, a eletrificação da frota de ônibus em São Paulo não avança como o anunciado pelo prefeito Ricardo Nunes e o motivo não é a falta de dinheiro.

Há R$ 5,75 bilhões em financiamentos previstos entre instituições públicas e privadas.

Mas não há infraestrutura para os ônibus elétricos.

O total de ônibus com baterias subiu na última semana de 69 para 84, bem longe da meta de 2,6 mil prevista para o fim de 2024.

O anúncio de 600 coletivos feito pelo prefeito Ricardo Nunes para o final de 2023 não se cumpriu.

O acordo entre viações e ENEL-X não foi para a frente como o previsto também.

A SPTrans (São Paulo Transportes) e a ENEL admitiram que nenhuma obra foi feita nas garagens e na rede elétrica para aumentar a potência necessária para os ônibus elétricos.

E a situação é preocupante: um estudo da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) mostra que com o atual padrão da rede de distribuição na cidade de São Paulo, que é de baixa tensão, se 50 ônibus elétricos carregarem as baterias ao mesmo tempo, inclusive na madrugada, pode faltar eletricidade na casa das pessoas, comércios e hospitais. Isso porque, energia tem, mas a rede não dá conta.

Finalizada a seleção da proposta mais vantajosa ao município, as próximas etapas principais serão a finalização da minuta contratual; solicitação de aprovação, a ser concedida pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) da contratação, por meio de “Pedido de Verificação de Limites”; aprovação, pela Procuradoria da Fazenda Nacional (PGFN), da garantia da União para a operação e assinatura do contrato de empréstimo e dos contratos de garantia e contragarantia.

Destacados.