Em geral, as pessoas olham para a Europa com o «jornal de segunda-feira» em mente. A América Latina tem a oportunidade de analisar o que funciona e o que não funciona e, com base em suas experiências, tirar ideias e evitar cometer os mesmos erros. No caso da Neoenergia, uma empresa de energia com sede no Brasil que faz parte do grupo Iberdrola, ela é uma das principais empresas que está investindo tanto em infraestrutura de carregamento de acesso público. 

Por isso, durante o especial «Investimentos do eMobility 2023 no México e no Brasil: Cúpula de líderes do setor«, Luiz Henrique Cruz, Gerente de Mobilidade Elétrica da Neoenergia, traça um paralelo.

Quando perguntado se é viável aplicar modelos de incentivos fiscais a veículos elétricos nessa região, no caso do Brasil, ele argumenta que não é viável.

«É um cenário muito diferente no Brasil. Hoje temos situações mais críticas para resolver, então não vejo esses incentivos para a compra de veículos e carregadores como uma realidade», diz Henrique Cruz.

Ele acrescenta: «Os benefícios indiretos são mais factíveis para o cenário brasileiro, como a liberação do sistema de rotativo municipal na cidade de São Paulo, vagas para veículos elétricos, entre outros. 

Vale mencionar que, no caso da Espanha, por exemplo, os incentivos à compra são aplicados por meio do Plano Moves. 

Trata-se de uma ferramenta criada pelo governo central para acelerar a mobilidade elétrica na Espanha, inicialmente focada em subsidiar a compra de veículos e agora também na compra de infraestrutura de recarga.

Os subsídios são destinados principalmente à compra de veículos, embora a alocação de 2023 também inclua itens específicos para promover instalações de autoconsumo e pontos de recarga públicos e privados.

Em conclusão, o que o Estado espanhol faz é dar um subsídio econômico aos interessados em comprar um veículo elétrico, frotas para empresas e infraestrutura de recarga. 

No Brasil, os incentivos que existem não são em nível nacional, mas são dados pelos Estados ou municípios, e não são os mesmos em todos os casos, mas cada uma das autoridades locais decide a isenção a ser regularizada. 

«Hoje temos alguns objetivos financeiros mais modestos, como a isenção do IPVA, dependendo do estado, e também a redução do imposto de importação», menciona Gerente de Mobilidade Elétrica da Neoenergia.

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Nos próximos meses, a Neoenergia instalará 12 pontos de recarga em Fernando de Noronha e a energia será gerada por duas usinas de energia solar.

Além disso, a empresa foi fornecedora de operações de energia pública no nordeste do Brasil, sendo pioneira na região ao entregar o Corredor Verde, um projeto de pesquisa e desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica do Brasil. 

Hoje, ela tem 17 estações de recarga em operação, 11 das quais são estações de recarga rápida, ligando Salvador a Natal.

A empresa tem uma área especializada no desenvolvimento de soluções técnicas e comerciais para o carregamento de veículos elétricos, de modo que hoje oferece serviços desde clientes residenciais até shopping centers, hotéis, empresas e frotas leves ou pesadas com uma solução completa.

Ela opera a entrega do carregador, os equipamentos necessários, a instalação, a operação, o projeto de manutenção preventiva corretiva, todo o pacote de serviços que o cliente contrata para manter sua infraestrutura de recarga funcionando adequadamente.

De fato, oferece um modelo de negócios baseado na venda ou no aluguel, sendo este último uma tendência no mercado brasileiro.

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