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jueves 09 de noviembre de 2023
Em meio à crise de energia, empresa de São Paulo substitui ônibus elétricos com baterias por modelos a diesel
De acordo com gerenciadora, não houve prejuízo no atendimento aos passageiros; frota de elétricos conta com 69 ônibus em meio a 12 mil coletivos; dúvidas são em relação à infraestrutura quando a quantidade de ônibus elétricos for maior.
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No fim de semana, ainda com a cidade de São Paulo e a região metropolitana se ressentindo da crise de fornecimento de energia elétrica em consequência da forte chuva com ventania da sexta-feira, 03 de novembro de 2023, a empresa Ambiental Transportes, que atua na zona leste de São Paulo e no centro, encostou os ônibus elétricos com bateria e substituiu por veículos a diesel.

Bairros inteiros ficaram por dias seguidos sem energia.

A informação foi recebida pelo Diário do Transporte por meio de fontes e confirmada pela SPTrans (São Paulo Transporte), que gerencia o sistema de linhas de ônibus cidade.

De acordo com a gestora, os passageiros não ficaram desatendidos.

A SPTrans informa que não houve prejuízo operacional no fim de semana. A concessionária Ambiental relatou que substituiu seus veículos elétricos por modelos da frota reserva da garagem. As outras concessionárias não relataram falta de energia.

Os ônibus elétricos substituídos não são os trólebus (conectados à fiação aérea).

Os veículos que foram encostados são os movidos com baterias.

Duas linhas de trólebus também foram afetadas por causa da consequência da chuva e tiveram de ser operadas por ônibus a diesel: 4113/10 Gentil de Moura – Pça. da República e 2100/121 Term. Vl. Carrão – Term. Pq. D. Pedro II.

A cidade de São Paulo possui apenas 69 ônibus elétricos com baterias e 200 trólebus entre os mais de 12 mil coletivos.

Somente a Ambiental Transportes possui 12 ônibus com baterias.

A meta da prefeitura de São Paulo é de que estejam em operação na cidade de São Paulo até o fim de 2024, entre 2,4 mil e 2,6 mil ônibus elétricos com bateria.

Pela manhã, o Diário do Transporte já trazia dúvidas de especialistas sobre questões relacionadas à infraestrutura que garanta o fornecimento de energia para ônibus elétricos, tanto em dias normais, como em situações atípicas, mas que tendem a se repetir mais vezes, como a que ocorreu no dia 03 de novembro.

Afinal, 12, 69 ou 200 ônibus, numa cidade como São Paulo podem ser substituídos sem grandes impactos. Mas e quando a frota chegar a 2,6 mil e a 12 mil elétricos?

Falta de energia, temporal e eletromobilidade: como ficaria uma frota grande de ônibus elétricos? E os trólebus? O que é o E-Trol?

Questões relativas à infraestrutura para a eletrificação do transporte coletivo por ônibus ganham força em casos como do temporal de sexta-feira (03)

A forte chuva com ventania que atingiu o Estado de São Paulo na sexta-feira, 03 de novembro de 2023, tem as consequências sendo sentidas até esta terça-feira (07), quando milhares de ruas e consumidores ainda estão sem fornecimento de energia.

Redes de bairros inteiros ainda não foram restabelecidas, apesar da promessa da pela ENEL de normalização ao longo do dia, finalmente.

Segundo a concessionária, cerca de dois milhões de consumidores foram prejudicados sem energia.

Diante do processo de eletrificação de frota de ônibus da capital paulista, situações como estas, que podem se repetir com mais ou menos intensidade, levantam uma série de dúvidas.

Será que em apagões assim, quando a frota de ônibus elétricos for maior, pode haver prejuízos na operação?

Enfim, a prefeitura de São Paulo continua pelo menos conseguindo recursos.

Na última sexta-feira (03), no dia do temporal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, formalizou a garantia da União para a liberação por meio do BB (Banco do Brasil) de R$ 250 milhões que vão ser usados na compra de ônibus elétricos e equipamentos para recarga destes veículos na cidade de São Paulo.

A meta de 2,6 mil ônibus elétricos até o fim de 2024 deve custar em torno de R$ 8 bilhões.

A prefeitura obteve R$ 5,75 bilhões em financiamentos de diversas fontes, vai injetar R$ 165 milhões dos cofres públicos como contrapartida e os cerca de R$ 2 bilhões restantes seriam arcados pelas empresas, mas elas serão subsidiadas.

A SPTrans (São Paulo Transporte), que gerencia o sistema de transportes na cidade de São Paulo, em 13 de setembro de 2023, informou ao Diário do Transporte que as empresas pelos ônibus elétricos vão contar com subsídios 15% maiores

Além de financiamento, tem a questão da infraestrutura que ainda não está clara.

Quando ocorrem situações como da sexta-feira, como ficarão os ônibus elétricos?

Gerador a Diesel pra ônibus Elétrico? Qual seria o dano ambiental?

E os Trólebus? O prefeito de São Paulo Ricardo Nunes fala em aposentar e citou no sábado (04), os trólebus como obstáculos para o enterramento dos fios, algo que é contestado por especialistas.

Duas linhas de trólebus na cidade tiveram de ser atendidas com ônibus a diesel: 4113/10 Gentil de Moura – Pça. da República e 2100/121 Term. Vl. Carrão – Term. Pq. D. Pedro II.

De acordo com a SPTrans (São Paulo Transporte), que gerencia o sistema da capital, os problemas ocorreram na região da Av. Nazaré e na Av João XXI.

A rede de trólebus de São Paulo conta com 200 veículos que em 10 linhas transportam oito mil passageiros por dia, percorrendo um total de 906 mil km diários. A rede possui 170 km de extensão.

Mas no Corredor ABD, entre o ABC e a capital, onde os trólebus recebem mais prioridade, com espaço exclusivo e fiação mais alta, não teve problemas.

Tem um tipo de ônibus, que se chama E-Trol, que é um trólebus e elétrico a bateria no mesmo veículo.

Não seria melhor mesclar tecnologias?

Este modelo é feito no Brasil e vai ligar a capital ao ABC pelo BRT-ABC (corredores de ônibus rápidos).

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