Já no primeiro dia de 2024, os veículos elétricos e híbridos pagarão impostos de importação no Brasil e, perto dessa data, as importadoras ainda não sabem exatamente suas estratégias por completo.
Hoje, a grande dúvida é sobre a distribuição da cota de importação sem pagar o imposto entre cada uma, ponto importante para definições de acordos e valores.
Na quinta-feira (14), uma reunião entre a Secretaria de Comercio Exterior, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comercio e Serviços, a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores) buscou as respostas para esta questão.
Ricardo Bastos, presidente da ABVE, disse em entrevista ao Autodata que «o governo não deu uma data, mas está ciente dessa urgência e quer publicar o quanto antes.
Tenho a expectativa de que isso será publicado na semana do dia 18 a 22 de dezembro«. Ou seja, ainda nesta semana, as cotas para cada empresa será definida. Veja a tabela com as cotas até julho de 2026.
HÍBRIDOS | HÍBRIDOS PLUG-IN | ELÉTRICOS | CAMINHÕES A BATERIA | |
Até julho/2024 | US$ 130 milhões | US$ 226 milhões | US$ 283 milhões | US$ 20 milhões |
Até julho/2025 | US$ 97 milhões | US$ 169 milhões | US$ 226 milhões | US$ 13 milhões |
Até julho/2026 | US$ 43 milhões | US$ 75 milhões | US$ 141 milhões | US$ 6 milhões |
A dúvida é como o governo fará a distribuição das cotas entre cada empresa.
Segundo Bastos, é esperado que 10% seja reservado para alguma demanda judicial ou novas marcas.
Os outros 90% deverão ser divididos em duas faixas, uma igualitária e outra pelo volume de emplacamentos.
A partir disso, cada uma define sua estratégia, se aproveitam esse valor para importar carros elétricos no começo do ano sem repasse ao comprador ou fazem a diluição com um aumento gradual.
Leia mais: Como será cobrado o imposto para carros elétricos e híbridos