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miércoles 24 de enero de 2024
Aquisição. Banco da China estuda financiar ônibus elétricos em São Paulo
Instituição pretende liberar US$ 500 milhões que podem contribuir para modelos do País no Brasil. Enquanto a China está de olho no transporte coletivo brasileiro por ônibus, o Governo Federal diz que a indústria brasileira vai receber incentivos.
banco china
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O Banco da China (Bank of China Limited; BOC), instituição do Governo Chinês, estuda financiar ônibus elétricos para o sistema de transportes da capital paulista.

O banco trabalha com a possibilidade de liberar US$ 500 milhões para a aquisição destes veículos.

A verba poderia contribuir para a ampliação de modelos daquele país circulando na cidade de São Paulo.

De acordo com o jornal Valor Econômico, o secretário da Fazenda do município, Luis Felipe Arellano, disse que se trata de uma primeira conversa, mas que o interesse foi demonstrado diretamente pelos diretores do banco público chinês no fórum Brazil China Meeting, que ocorreu entre os dias 10 e 13 de janeiro de 2024.

A liberação de recursos incluiria a seguradora chinesa SinoSure.

Há ao menos duas fabricantes de capital chinês de olho nos planos da cidade de São Paulo para ampliar a frota de ônibus elétricos.

A BYD, que está instalada no Brasil e já tem ônibus elétricos em circulação de 2019 na capital paulista e a Higer, que ainda não possui planta brasileira, mas adaptou um modelo para as operações nacionais com produção na China.

Por causa da falta de infraestrutura, a meta para a frota de ônibus na cidade de São Paulo não avança.

O prefeito Ricardo Nunes disse em 18 de setembro de 2023, na entrega de 50 ônibus elétricos da nova geração, que até o fim de 2023, seriam 600 veículos deste tipo na cidade. Só têm 69, estes 50 novos e outros 19 que já estavam rodando há quatro anos.

Mesmo com esta situação de falta de infraestrutura, a prefeitura mantém a meta de 2,6 mil ônibus elétricos até o fim de 2024, ou seja, 20% da frota. Esta meta já foi de 40%.

Segundo a SPTrans (São Paulo Transporte) e ENEL, não foi feita nenhuma obra nas garagens e na rede elétrica para dar conta do carregamento simultâneo das baterias.

Um estudo da ANTP (Associação Nacional de Transportes Público) mostra que, mesmo na madrugada, se 50 ônibus elétricos carregarem as baterias de uma só vez, vai cair a energia nos bairros e faltar luz na cada das pessoas.

Enquanto a China está de olho no transporte coletivo brasileiro por ônibus, o Governo Federal diz que a indústria brasileira vai receber incentivos.

Nesta segunda-feira, 22 de janeiro de 2023, foi lançado um programa de US$ 300 bilhões até 2026 para a “neoindustrialização” e um dos focos são os ônibus elétricos.

Segundo nota do Governo Federal, a política propõe ampliar em 25 pontos percentuais a participação da produção brasileira na cadeia da indústria do transporte público sustentável.

Hoje, a participação nacional representa 59% da cadeia de ônibus elétricos, por exemplo.

O Governo Federal diz que o foco será em eletromobilidade, na cadeia produtiva da bateria e na indústria metroferroviária, além do investimento em construção civil digital e de baixo carbono.

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