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martes 05 de diciembre de 2023
Diário Oficial. Ônibus elétricos vão gerar às viações subsídio até 32% mais alto que ônibus a diesel em São Paulo
Preço deste tipo de ônibus pode ser entre três e cinco vezes maior; Empresas de transporte terão de fornecer à SPTrans cronograma de substituição de modelos a diesel por elétricos
Ônibus
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As empresas que operam o transporte coletivo na cidade de São Paulo vão receber da prefeitura uma subvenção entre 21% e 32% maior para cada ônibus elétrico em comparação com os veículos movidos a óleo diesel.

Os valores foram publicados nesta segunda-feira, 04 de dezembro de 2023, no Diário Oficial da Cidade, e são trazidos em primeira mão pelo Diário do Transporte.

A última previsão do prefeito Ricardo Nunes, de 600 ônibus deste tipo até o fim deste ano de 2023, caiu por terra.

São apenas 69 ônibus elétricos com baterias e 201 trólebus. O sistema de trólebus está implantado desde 1949 e Nunes já sinalizou a intenção de descontinuar a rede.

Na verdade, o número de 600 é até uma redução em relação aos anúncios anteriores.

A previsão para este ano passou de 1,6 mil ônibus elétricos para 800, depois para 650, até chegar a 600, mas se concretizou apenas em 69.

Para até o foim de 2024, são previstos 2,6 mil ônibus eléricos.

A portaria com as regras para a compra destes ônibus e recebimento de valores traz a relação dos preços máximos estimados para os veículos a diesel e elétricos, de acordo com as categorias de modelos.

O preço deste tipo de ônibus pode ser entre três e cinco vezes maior.

No caso de um articulado de 21 metros, enquanto o preço foi estipulado em R$ 1,35 milhão para os modelos a diesel, um elétrico custa R$ 4,1 milhões.

Já quanto ao midi, que é o micrão, a menor categoria disponível no mercado de elétricos, enquanto um a diesel sai por R$ 496 mil, o modelo movido com baterias tem um preço em torno de R$ 2,3 milhões.

As viações terão de fornecer à SPTrans cronograma de substituição de modelos a diesel por elétricos até 31 de agosto de cada ano.

A portaria diz ainda que parcela do ônibus a ser subvencionada não poderá ser superior à diferença entre os preços de referência do ônibus elétrico e do ônibus a diesel.

O documento ainda determina que as empresas terão de negociar com as fabricantes os menores valores.

Como tem mostrado o Diário do Transporte, para bancar a diferença para as empresas entre os ônibus a diesel e os elétricos, a prefeitura de São Paulo reservou R$ 2,5 bilhões no projeto de lei do Orçamento de 2024 está captando R$ 5,75 bilhões em financiamentos de diversas fontes, inclusive internacionais.

FINANCIAMENTOS

R$ 5,75 bilhões em financiamentos sendo

– R$ 2,5 bilhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)

– R$ 2,5 bilhões do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e do Banco Mundial

– R$ 250 milhões do BB (Banco do Brasil)

– R$ 500 milhões da CEF (Caixa Econômica Federal)

CONTRAPARTIDA da PREFEITURA

– R$ 165 milhões:

EMPRESAS DE ÔNIBUS COM SUBSÍDIOS MAIORES

– R$ 2 bilhões, mas as viações vão receber subsídios maiores pelos ônibus elétricos.

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