Segundo estudo realizado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), 52% dos shopping centers do Brasil possuem infraestrutura de recarga.

Regionalmente, o Centro-Oeste lidera com o maior percentual de shoppings com carregadores elétricos para automóveis (77%), seguido pelo Sul (61%).

Conforme apresentado no estudo, essa preocupação com os modelos eletrificados já apresenta crescimento desde 2019, e estima-se que a oferta de carregamento elétrico aumentou 4,3 vezes entre 2019 e 2022.

“Nos últimos anos, observa-se um movimento muito grande para que as pessoas tenham responsabilidade ambiental e alterem fontes de energia, e nesse contexto o emprego do veículo elétrico tem ganhado força. Os shopping centers, como grandes centros de conveniência para o consumidor, consideram essa como mais uma oportunidade de prestar serviço a seus frequentadores”, disse o presidente da Abrasce, Glauco Humai.

Comodidade, tempo e oportunidade

O crescimento de pontos de recarga em shopping centers demonstra que a instalação dessa infraestrutura tem três pilares.

Trazer comodidade para o usuário é um dos fatores que mais chama a atenção desse tipo de ambiente para garantir a instalação do equipamento.

Além disso, o ponto de recarga, na visão do dono de um carro elétrico, pode ser um diferencial para aquele local.

O tempo e a oportunidade são dois fatores que caminham juntos.

O tempo está atrelado às horas que as pessoas ficam dentro do shopping, o que pode gerar a oportunidade de realizar uma recarga enquanto o cliente compra algo, se diverte e aproveita o ambiente.

Um ponto importante para salientar é que mesmo dentro dos centros comerciais, a utilização do carregador pode ser paga ou gratuita.

Para as recargas pagas, o valor pode oscilar entre R$ 1,50 e R$ 1,95 por kWh.

O tempo da recarga é relativo, e depende da potência do equipamento e do próprio carro elétrico.

Práticas ESG

O setor de shoppings no Brasil vem investindo cada vez mais em iniciativas ESG, abrangendo as diferentes frentes dos três pilares da sustentabilidade.

Os shopping centers têm ampla relevância econômica e social no país.

O setor recebe a cada mês 443 milhões de visitas em seus 628 empreendimentos espalhados pelo país, tornando-se grandes plataformas de viver, sendo conhecidos como locais de compras, mas também de lazer, gastronomia e entretenimento.

“Para os shopping centers, adotar boas práticas ESG implica não apenas na redução do consumo de recursos naturais, mas também na melhoria da eficiência operacional, promoção da diversidade e inclusão, busca pela equidade e preocupação com as comunidades locais. São ações de longo prazo que vem transformando de forma contínua o setor em um agente ativo na construção de um futuro mais sustentável e consciente”, complementou o executivo.