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martes 20 de junio de 2023
Marcas de motos elétricas no Brasil recebem injeção de capital e investem em produção local
Para acelerar a eletrificação da frota de duas rodas, as empresas brasileiras estão investindo fortemente para produzir motocicletas elétricas no país.
Marcas de motos elétricas no Brasil recebem injeção de capital e investem em produção local
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Com contribuição de capital de fundos de investimento, a Voltz, Watts e Origin, todas as startups nacionais, já têm planos de abrir fábricas no Polo Industrial de Manaus (AM) para produzir em grande escala e popularizar motos elétricas no Brasil, o sétimo maior mercado de motocicletas do mundo.

Em maio do ano passado, o Motores Voltz, startup focado na mobilidade elétrica criada em Recife (PE), no final de 2019, recebeu uma contribuição de R$ 100 milhões em uma rodada de investimentos, liderada por Creditas, empresa especializada em crédito.

A quantidade era a injeção que precisava para poder dar resposta à alta demanda de seus modelos elétricos.

«A fábrica é um passo importante para ter escala e poder cumprir os pedidos de nossas motos elétricas», diz Renato Villar, CEO da Voltz.

A usina com mais de 12 mil metros quadrados na capital do Amazonas entra em operação no final de maio e terá capacidade para produzir 15 mil unidades por mês.

Até então, os três modelos vendidos pela Voltz, a scooter EV1 e duas versões do EVS, todos elétricos, foram produzidos em Suape (PE).

Além da montagem dos modelos, a instalação da fábrica em Manaus permitirá uma maior agilidade logística e a produção local de diversos componentes, como pedais, espelhos, pastilhas, discos de freio, entre outros, comenta Villar.

Também com o olhar no mercado elétrico, a Multilaser, uma das principais empresas de informática e eletrônica do país, adquiriu a empresa Paranaense Mobilidade elétrica Watts, por R$ 10,5 milhões, em março passado.

Entre os planos está uma linha de montagem na fábrica da Multilaser na capital do Amazonas para produzir scooters, patinetes e até uma moto elétrica, a partir do segundo semestre deste ano.

Watts W125: conheça a moto elétrica brasileira de R$ 20 mil - TecMundo

Criada em 2018 em Londrina (PR), a Watts já importava e vendia scooters e scooters elétricos em suas 22 lojas, distribuídas em dez estados e no Distrito Federal.

«Apesar de serem importados, todos os nossos veículos foram desmontados e testados aqui, no Brasil. Inclusive foram desenvolvidos e adaptados ao nosso mercado».

Em outubro do ano passado, a marca apresentou a W 125, um modelo que contará com um motor elétrico de 3.000 W para «andar» como uma moto de combustão interna de 125 cc, garante Gomes.

O público alvo serão motociclistas urbanos e profissionais que procurem uma moto que não contamine e que além disso não utilize gasolina ou etanol para circular.

MOTO ELÉTRICA WATTS W125 É NOVA OPÇÃO – Autoentusiastas

Segundo o fundador da Watts, a fábrica de Manaus já estava nos planos para poder produzir a moto elétrica no Brasil em grande escala, mas a aquisição pela Multilaser acelerou o processo.

» A produção deve começar no segundo semestre deste ano, quando o W-125 começará a ser vendido», revela Rodrigo Gomes.

O modelo custará R$ 19.990 com uma bateria e R$ 24.990 com duas. A autonomia total pode chegar a 180 quilômetros.

O preço e as especificações técnicas são muito semelhantes ao Voltz EVS, que já está sendo vendido. Ainda segundo o director comercial da Watts, a capacidade de produção da nova fábrica será de 50.000 unidades/ano.

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